A democracia que a militância do PT quer quanto a democracia que o povo brasileiro quer para seu país são as mesmas. Democracia é democracia! Respeita-se as minorias, mas a escolha da maioria é que deve prevalecer nas decisões. A ala esquerdista do partido é aquela que fica com quem grita mais; com quem dá mais importância para o barulho do que para a organização e o planejamento. Outra parcela, majoritária, como demonstrou a aprovação do indicativo de apoio a Ricardo Ferraço, como plataforma da candidatura da ministra Dilma, consegue entender a importância da gestão pública e por isso leva as instituições que administra ao sucesso, como em Vitória, Cariacica, Cachoeiro, Colatina, Castelo e Mantenópolis, do mesmo modo que ocorre no Governo Federal, ou seja, mais técnica, mais política do que grito.
O PT sempre teve atuação nos movimentos populares, sindicais e junto a setores das igrejas comprometidos com a defesa dos direitos humanos. Mas, nesse momento, é a ala do “PT da gestão” que tem ganhado mais destaque e simpatizantes entre todas as classes chegando também ao eleitor de melhor formação. Tornou-se corriqueiro encontrarmos pessoas que acompanhavam outros partidos e que atualmente votam nos candidatos do PT pelas suas propostas; pelo projeto político-administrativo. Não adianta ser só do contra, tem que ter argumento, sugestões e ações; isso faz crescer uma cidade, um estado ou um país.
O (PT) defende, desde seus documentos fundadores, os princípios democráticos. As diferenças de idéias sempre tiveram vez e voz, organizadas nas Tendências garantidas em seu direito de atuação interna pelo 5º encontro nacional de 1987, diferenciando-se da velha política brasileira, ancorada em “caciques partidários”, que sequer consultam as bases em suas decisões.
No entanto atacar o presidente Lula pelo esforço de construir uma base ampla para dar sustentação às profundas mudanças sociais, desencadeadas pelo primeiro governo de esquerda no Brasil, é praticar a velha demagogia do esquerdismo, de quem não tem compromisso com a maioria democrática dos brasileiros, e está com saudades dos tempos em que o PT tinha o perfil político do PSOL.
A decisão do indicativo não foi fácil, mas necessária, tomada com a responsabilidade de quem está construindo uma gestão de sucesso para a cidade, o estado e o país. Como reflexo dessa posição, podemos dizer que a liderança de Coser e do PT transcendeu aos muros do partido e se estendeu para toda a população capixaba, inserindo-se no centro das decisões mais importantes do estado e recusando o isolacionismo, o esquerdismo e o radicalismo que contribuíram para ofuscar parcialmente a importância do papel do PT na “reconstrução” do Espírito Santo.Com certeza a minoria insatisfeita tem assegurado o direito de se manifestar amplamente, como no PED, sobre quaisquer decisões políticas e o próprio prefeito tem manifestado em eventos partidários internos que a decisão sobre o recurso na instância nacional, vem demonstrar a instituição da democracia interna do PT.
No entanto, atribuir à minoria partidária a titularidade da conduta democrática e taxando a maioria de autoritária e mandonista é distorcer a realidade, enganar o bom senso recender o esquerdismo no interior do PT. O fato é que João age em nome da ampla maioria do eleitorado de Vitória, do estado e do Brasil que consagra elevados níveis de aprovação aos seus governantes, comprovados por várias pesquisas e quer a continuidade da aliança que está colocando o Espírito Santo e sua capital como modelos de gestão de sucesso no país.
Quem tem a maioria na sociedade e no partido não pode ser chamado desrespeitosamente de ’mandonista’ e sim de “detentor da autoridade democrática e legitima”.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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